Neemias recebeu a incumbência de reedificar Jerusalém e reerguer o povo de Deus como nação, depois de Jerusalém ter sido destruída e o povo derrotado. Como motivar um povo que bem sabia que a sua derrota era resultado de sua desobediência? Para isso, o profeta lembra a nação e, em especial, a historia do êxodo que certifica e proteção Divina, apesar de infidelidade constante do povo. Israel sabe que deve sua liberdade e sua sobrevivência no deserto à bondade e a misericórdia de Deus.
Assim como Israel, nós também precisamos ser lembrados sempre de novo de que Deus é fiel. Ele tem comprovado isso ao longo de nossas vidas, protegendo e orientando-nos continuamente. O Espírito de Deus, que guiou o povo no deserto, também deseja orientar a nossa vida. Dessa orientação depende o nosso desenvolvimento pessoal e familiar e o nosso crescimento na fé. O que nos guia é a palavra de Deus, iluminada pelo Espírito Santo. Uma análise de nossa historia pessoal e familiar revelará, no entanto, que Deus alem de se preocupar com o nosso desenvolvimento espiritual preocupa-se também com a nossa sobrevivência física e o nosso bem estar material. O maná que na peregrinação no deserto era colhido diariamente, sem possibilidade de estocá-lo, nos lembra que é a fidelidade de Deus que nos tem concedido e continua concedendo o “pão nosso de cada dia”.
Reconhecer a fidelidade de Deus nos transforma em pessoas que sabem que vivem diariamente da graça e da misericórdia de Deus. Por isso, a gratidão a Deus e o despojamento em favor dos menos favorecidos deveriam ser as marcas inconfundíveis do nosso estilo de vida.
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